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Vou voltar a falar de publicidade. Hoje de um outro anúncio que tive oportunidade de observar com atenção: o de um carrinho muito pequenino, sabem? Aqueeeele…! Sabem? Aquele que é para dois! Não, não é aquele que também pode ser para quatro. Não. É aquele que é só para dois. O semarte for tu (e não pensem que não sei escrever inglês!). Pois é! No anúncio publicitário dele (do carrinho pequenino), eles dizem:
Não importa o tamanho que tenhas.
Não importa o que sejas ou como te pareças.
Não importa se tenhas sardas ou o cabelo duro que pareça um microfone.
Não importa que nunca te consigas bronzear sem te queimar ou ficar escarlate.
Não importa a língua que falas e qual é a pronúncia que te caracteriza.
Não importa a quantidade de palavras que conheças.
O importante é estar dentro de um!
Não importa como estas calçado.
Não importa o que comes e quando comes.
Não importa a música que ouves, onde, quando e como a ouves.
Não importa onde vives, de que cor é a tua casa e o que penduras nas paredes.
Não importa se pintas os lábios, assim ou assado, ou se não os pintas de todo.
Não importa se usas cuecas ou calcinhas, se pintas o cabelo ou se fazes madeixas que se notam de longe.
O importante é estar dentro de um!
Agora! Dentro de UM quê?!? Claro está! Dentro do carrinho muito pequenino que dá só para dois! Ou não fosse o tal anúncio, dele (do carrinho pequenino). Mas bom… foram eles, os que o pensaram escreveram e realizaram, que pretenderam dizer aquilo tudo e muito mais, em apenas em alguns segundos. É por isso que eles – agora os publicitários em geral, têm sucesso! Só eles dizem tudo aquilo que os que compram querem ouvir. Subtilmente e numa fracção de segundos dizem, sopram ao ouvido “tu também podes ter um isto ou aquilo!” Que mansinhos e “obedientes” ficam então os consumistas - na generalidade aqui também, fixe-se. E ainda por cima ainda ficam felizes. Que lindo! Eles ganham e nós ganhamos sobre, por cima do que eles ganham. Claro que nem sempre as segundas e terceiras intenções são atingidas na plenitude da consciência. Às vezes elas nem chegam a coçá-la, mas que estão lá, estão!
Oh! Se calhar não estão… ou não estão em todos. Talvez basta que estejam apenas nalguns. Bom, mas nem todas as segundas e terceiras intenções carecem de rótulo maldoso. Há tantas boas por aí a tentar propagar o seu objectivo! A amofinação surge pela boa parte que não encontra como passar disso mesmo. De intenção.